NÚCLEO DE ATENÇÃO MULTIDISCIPLINAR DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO

UM JEITO DE SER



Albertina de Mattos Chraim - Psicopedagoga



Fabiane Baptistoti Sá - Fonoaudióloga




Márcia Batiston - Psicóloga







quarta-feira, 21 de julho de 2010

EDUCAR FILHOS É TAREFA SIMPLES...

A questão, porém envolve emoções tanto dos educadores quanto dos educandos.
A criança nasceu para ser educada, e educar significa acompanhá-la, avaliar suas condutas e direcioná-las para uma boa formação.
Nos primeiros momentos de vida a educação da criança está estruturada na maternagem, ou seja, nos cuidados básicos: alimentação, higiene, aconchego, zelo pela integridade física, etc. Porém já na fecundação o embrião recebe mensagens de como vai ser o mundo que lhe aguarda: como foi gerado, se foi querido, se está sendo desejada, ou seja, através das primeiras células, já está se formando o feto e seu código genético já informa o que vem pela frente, uma vez que já é um Ser em transformação.
Esse meio de comunicação é estabelecido por meio da emoção dos pais, mais precisamente da mãe que carrega o feto durante os nove meses no ventre. Nesse período a bebê já é catalisador dos desejos, dos medos e emoções da mãe, que tem o corpo como meio de transporte para as informações externas. Além de alimentar-se recebe descargas de emoções tanto positivas quanto negativas. Se a mãe está feliz conseqüentemente a criança recebe uma dose de hormônios da felicidade, se a mãe está insegura a criança recebe doses dos hormônios da insegurança. E dessa forma, ainda no útero materno, o bebê vai internalizar ao longo de sua vida essas emoções. Daí a necessidade da gestação ser a mais tranqüila possível - é ali no silêncio do útero materno que está sendo gerado um novo Ser, que ao chegar ao mundo vai ser inserido numa engrenagem pronta, a qual vai precisar adaptar-se.
A educação passa por varias etapas, por isso muitas vezes parece complicada. Como a criança vive em constante transformação, passa por fases simples – primeiro codifica o mundo apenas pelas emoções dos laços parentais, mais tarde passa a percebê-lo por meio das emoções dos outros, e num terceiro estágio passa a ver o mundo por meio de suas próprias avaliações e análises também.
A educação envolve um processo de amadurecimento lento e gradativo - a transformação acontece de forma sutil e ao longo dos anos os gestos, as falas, as condutas é que firmarão o sentido dessa educação.
Muitas vezes, a ansiedade dos pais leva a cobranças de posturas que a criança ainda não pode dar, por ainda não ter passado por determinadas experiências ou situações que a leve ao amadurecimento.
A boa educação é aquela em que há trocas de informações, tanto de quem educa, quanto de quem está sendo educado e para que esta sendo educada.
Ao longo dessa jornada, muitas vezes os pais se deparam com a insegurança, por não saberem se estão ou não agindo corretamente por não sentirem nos feitos de seus esforços, resultados tão imediatos quanto desejam. A única certeza que permanece é que, mesmo através de alguns conflitos, o desejo de acertar será sempre maior.
Na verdade, a educação não é um processo estanque. O desempenho dos pais como educadores dão sinais justamente na pré-adolescência, quando o filho está adquirindo senso crítico, fazendo suas escolhas. Quanto maior for à descarga de exemplos positivos, quanto mais comprometidos com o desenvolvimento físico, social, intelectual e emocional de seu filho, mais rápido será o retorno dessa dedicação.
A ansiedade e a duvida é um processo constante na educação, porem a certeza de que os pais alcançaram os objetivos propostos só surge quando aquele Serzinho que antes era uma criança, entra na fase da adolescência já fazendo escolhas positivas para tornar-se um futuro adulto, consciente de seus direitos e deveres.
Para tanto há de se pensar nas propostas que os adultos têm em relação as criança. Não é possível predestinar que a criança passe pelas fases de seu desenvolvimento de forma tranqüila, sem que para isso tenhamos respeitando a sua forma de chegar e vivenciar as situações da vida.
A proposta precisa ser clara e consciente. Ao nos deparar com uma criança na primeira década de sua vida sugerimos que ela já domine de forma clara os códigos lidos e escritos da comunicação. Na década seguinte suponhamos que agora, jovem tenha aprendido a analisar as informações e a fazer escolhas coerentes para um bom direcionamento de suas condutas. Na próxima década aquele jovem agora adulto, já tenha se formado e esteja na busca de uma estabilidade financeira e emocional.

Albertina de Mattos Chraim
Psicopedagoga Clínica

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